O agronegócio tem atraído cada vez mais o interesse das mulheres, principalmente nas escolas agrícolas. É mais conhecimento, diversidade e força para o campo e para a ciência rural. Em parte, isso é resultado do aumento da presença feminina nas atividades do Serviço Nacional de Aprendizagem Rural (Senar), que oferece gratuitamente ações de capacitação profissional, promoção social e saúde em todo o país.
Em nota, o Senar informa que na assistência técnica e gerencial (ATeG), que leva inovação e adoção de tecnologias para a melhoria da gestão de propriedades, são beneficiadas diretamente 7.235 produtores rurais, 15,23% do total dos atendimentos dessa área.
Ao todo, são 479 mulheres técnicas de campo que realizam o atendimento mensal aos produtores rurais na ATeG do Senar em todo o Brasil. O público feminino também ganhou notoriedade na área de educação formal no campo.
Desde 2015, o Senar oferece o curso Técnico em Agronegócio com duração de dois anos na modalidade semipresencial em mais de 100 polos de ensino em todo o Brasil. As mulheres representam 41,10% dos estudantes matriculados.
A participação feminina em espaços de liderança do agro vem registrando aumento expressivo. Atualmente, são 105 mulheres presidentes de sindicatos de produtores rurais no Brasil. Programa de desenvolvimento de lideranças, o CNA Jovem também apresenta uma evolução na participação feminina. Houve um salto de 32,2% na primeira edição, em 2014, para 42,7% em 2019.
Além disso, nos últimos 25 anos, o número de mulheres nos mais diversos cargos e áreas de atuação têm crescido consideravelmente quando o assunto é o trabalho no campo. Mas os desafios também aumentaram: a busca por paridade salarial, equidade no tratamento e reconhecimento são marcantes no que diz respeito à participação feminina.
Se antes as mulheres ocupavam lugares em atividades como produção de produtos alimentícios e bebidas, têxteis e fabricação de móveis, agora atuam nos mais diversos setores: suinocultura, bovinocultura, soja, café, grãos e muitos outros.
Mudou também o perfil de atuação, com mais mulheres em cargos de gestão – uma pesquisa do último Censo Agropecuário do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) indicou que elas comandam 18,6% das fazendas, o que representa mais de 950 mil mulheres.
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