Não é nenhuma novidade que o comportamento econômico dos brasileiros vêm mudando com o passar dos anos. A preocupação em poupar dinheiro para garantir um futuro mais seguro e próspero, sem dívidas e com nome limpo no SERASA são algumas das forças motrizes que impulsionam essa transformação. Para alguns, ainda é possível ganhar com a rentabilidade desse dinheiro poupado ao investir na Bolsa de Valores.
Lá, apesar dos riscos, os usuários podem multiplicar seu montante e escolher as estratégias que mais condizem com o perfil de investidor, seja ele conservador, moderado ou agressivo. Com essa vantagem de multiplicação, apenas na pandemia, a Bolsa ganhou cerca de 900 mil novos usuários pessoa física. Um marco para o país.
900 mil pessoas físicas
A motivação principal para a avalanche de novos CPFs, apontam corretoras, gestores e a própria Bolsa, foi a queda na taxa básica de juros. No menor patamar histórico, a 2% ao ano, a Selic derrubou a rentabilidade das tradicionais aplicações de renda fixa, empurrando o brasileiro a tomar risco na busca de maior retorno.
Mas há também uma alteração no perfil do investidor, cada vez mais jovem, com objetivos de longo prazo e, em boa parte, incentivado por grupos fechados de redes sociais e por influenciadores digitais, que concentram sua atuação principalmente no Twitter e no YouTube.
Presença estrangeira recua
Em contrapartida, a presença estrangeira recuou. Segundo dados da B3, de 2016 para cá, enquanto o investidor pessoa física ampliou sua participação de 17% para 21% nos pregões, o estrangeiro reduziu a presença em dez pontos percentuais no mesmo período, para atuais 46%. O restante é formado por investidores institucionais, como os fundos de pensão.
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