O agronegócio sofre transformações a todo momento, isso acontece por conta da alta do dólar, do manejo das lavouras, do consumo das pessoas, mudanças ambientais e das novas tecnologias que adentram o campo. Falando em tecnologia, o CEO da SLC Agrícola, Aurélio Pavinato, em uma entrevista para a Revista Cultivar, ressaltou:
“A conectividade no campo permite que as informações cheguem até nossos centros operacionais em tempo real e aumentam a agilidade e a qualidade das tomadas de decisão. Entre as novas tecnologias estão sensores que proporcionam a aplicação localizada de defensivos, estações meteorológicas digitais, sistemas de monitoramento remoto das máquinas e de rastreamento de lotes de algodão em pluma, entre outras diversas inovações que fortalecem nossa competitividade no agronegócio".
Com a presença mais forte da tecnologia, a inteligência competitiva pode ser um aliado para um maior destaque no mercado.
O que é Inteligência Competitiva?
De acordo com o Sebrae, inteligência competitiva é se antecipar às exigências do mercado. Isso é possível quando a empresa utiliza a estratégica como meio norteador dos negócios. Logo, é saber utilizar as informações sobre o mercado (cliente, concorrente e fornecedores) de forma estratégica.
Esse movimento pode ser feito ao acompanhar as tendências de mercado, aprimorando as oportunidades e forças e desenvolvendo as ameaças e pontos fracos da empresa. É válido lembrar que todas as decisões tomadas precisam estar de acordo com os objetivos da organização, seja de curto, médio ou longo prazo.
Portanto, é preciso estar sempre atento ao cenário, alocando os recursos e buscando o cumprimento da missão da empresa, integrando todas as áreas, com foco nos melhores resultados. A ausência de processos efetivos de inteligência competitiva leva a prejuízos evitáveis ou ao desperdício de oportunidades.
Inteligência Competitiva no Agronegócio
Quando falamos do mercado de agronegócio e seus setores, o maior desafio de implementar a inteligência competitiva não está na falta de dados, mas em transformá-los em tomadas de decisão. Neste processo precisa ser definida as variáveis de interesse (o quê?) e as de ação (como) para que seja feito um planejamento estratégico detalhado e eficiente. De acordo com João Comério, presidente do Conselho do Grupo Innovatech, mapear quais informações são relevantes para o negócio não é uma tarefa simples. Muitas vezes as relações entre variáveis importantes não são óbvias e ainda mudam ao longo do tempo.
Um exemplo básico dessa necessidade de avaliação e de variáveis nem sempre claras para os empresários do agronegócio pode ser visto na questão dos custos do transporte da produção agrícola.
Muitos acreditam que ter as informações sobre os valores do frete e custos de transportadora seria o ideal. Mas se esquecem que esses valores também têm “n” variáveis, como mão-de-obra, custo do combustível, disponibilidade modal, entre outros. Isso fora a avaliação do próprio negócio, como demanda, projeção de safra, sazonalidade etc.
Neste caso, para se compreender uma das grandes preocupações do produtor agrícola, que é o custo do transporte, é necessário monitorar, fazer projeções macroeconômicas, como inflação e juros; avaliar a política de preços; estar atento aos movimentos da categoria (caminhoneiros), entre tantos outros aspectos extremamente variáveis.
E a partir desses dados, implementar estratégias para alcançar o sucesso no mercado. Isso é aliar inteligência competitiva à empresa.
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